Fábio Gouveia: o pioneiro que colocou o Brasil no mapa do surf

Falar de Fábio Gouveia é revisitar um capítulo decisivo do surf nacional. Em 1988, o paraibano surpreendeu o mundo ao conquistar o título mundial amador em Porto Rico, tornando-se o primeiro brasileiro a erguer uma taça internacional. 

Dois anos depois, voltou a quebrar barreiras ao vencer o Hang Loose Pro Contest, no Guarujá, etapa do circuito mundial que projetou seu nome entre os melhores surfistas do planeta.

Na época, poucos acreditavam que o Brasil poderia competir de igual para igual com australianos e havaianos, considerados donos do surf profissional. O atleta mostrou que não havia limites para o talento brasileiro. Seu estilo leve e eficiente marcou época e inspirou jovens atletas a acreditar em seus sonhos.

Origens e primeiros passos no surf

Fábio nasceu em Bananeiras/PB, em 1969, e cresceu em João Pessoa/PB, onde teve contato direto com o mar. Foi ali que encontrou nas ondas um estilo de vida que se transformaria em carreira.

Primeiras conquistas

Aos 13 anos, subiu na prancha pela primeira vez. Três anos depois, já competia em torneios locais e começou a ganhar destaque. Aos 16, venceu a Copa IV Centenário, seu primeiro título expressivo. 

Em 1987, foi campeão brasileiro amador. No ano seguinte, escreveu seu nome na história ao conquistar o mundial amador em Porto Rico. Esse título foi um divisor de águas para o Brasil e mostrou que o país tinha espaço no surf internacional.

A ascensão no circuito profissional

A profissionalização veio em 1989. Logo em sua primeira temporada, Fábio ficou entre os 35 melhores do mundo e recebeu o título de novato do ano. No ano seguinte, entrou definitivamente para a história ao vencer o Hang Loose Pro Contest, no Guarujá. Foi a primeira vitória brasileira em uma etapa do World Championship Tour (WCT).

Praia de Guarujá, onde aconteceu o Hang Loose Pro Contest nos anos 90. (Reprodução/Flickr)

Nos anos seguintes, acumulou feitos que colocaram o Brasil em evidência. Em 1991, venceu duas etapas, uma na França e outra em Sunset Beach, no Havaí,  reduto dos maiores nomes do esporte. Em 1992, atingiu seu auge no circuito, terminando em 5º lugar no ranking mundial.

Mesmo enfrentando oscilações, Gouveia nunca deixou de mostrar consistência. Em 1998, venceu a World Qualifying Series (WQS), garantindo seu retorno à elite, e no mesmo ano conquistou o título brasileiro profissional. O feito se repetiu em 2005, confirmando sua longevidade e talento.

Mais do que um competidor

Quando se aposentou em 2009, Fábio não deixou o surf de lado. Desde os 14 anos já experimentava shapear suas próprias pranchas, e essa paixão se tornou profissão com a criação da Fabio Gouveia Shape & Design. A experiência de anos competindo em alto nível passou a ser aplicada em cada prancha que leva sua assinatura.

Sua trajetória também foi registrada no documentário “Fábio Fabuloso”, lançado em 2004. O filme é considerado uma das obras mais importantes sobre surf no Brasil e conta sua história de forma emocionante, mostrando sua timidez fora d’água e seu talento dentro dela.

Mesmo após se aposentar, Fábio continuou ativo no esporte. Atuou como comentarista em eventos como o Hang Loose Surf Attack e voltou às competições em categorias masters. Em 2014, conquistou o título brasileiro Grand Master, mostrando que sua conexão com as ondas permanece viva.

O legado de Fabio Gouveia

Mais do que vitórias e títulos, Fábio Gouveia deixou um legado que transformou o surf no Brasil. Antes dele, poucos acreditavam que o país poderia competir no cenário mundial. Depois dele, novos surfistas começaram a sonhar alto.

Ao lado de Flávio Teco Padaratz, Gouveia foi peça-chave para a valorização do surf brasileiro nos anos 90. Sua postura abriu caminho para a geração que viria depois, a famosa “Brazilian Storm”, que inclui campeões mundiais como Gabriel Medina, Adriano de Souza, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo.

Fábio é lembrado pela simplicidade, pela entrega ao esporte. Ele mostrou que dedicação e paixão podem transformar destinos.

Hang Loose e a essência do surf

A relação de Fábio com a Hang Loose faz parte da própria história do surf brasileiro. O Hang Loose Pro Contest foi palco de sua primeira vitória no circuito mundial e se tornou símbolo da ascensão do Brasil no esporte. Ele ajudou a moldar uma estética tropical, confortável e funcional, que marcou os anos 90. 

Essa identidade ganha força hoje com a coleção Fia Classics, lançada pela Hang Loose. Inspirada nos visuais clássicos da época de ouro do Fabinho, a coleção revisita cortes, cores e símbolos que marcaram gerações, com uma leitura atualizada.

A coleção traz peças que unem estilo vintage e contemporâneo: boardshorts com tecido 4-way stretch, cintura com cordão regulador, bolso traseiro chapado e estampa lateral Hang Loose mantêm a estética dos anos 80 nas cores amarelo, cinza e rosa. 

Camisetas em meia malha de algodão 100%, com estampa frontal e traseira que traduzem o lifestyle do surfista. Boné com aba curva preta, fechamento snapback, tecido frontal em sarja e traseiro em tela, apresenta estampa frontal e traseira Hang Loose e toque vintage. 

Além do moletom Enjoying, em tecido 320g com capuz ajustável, bolso canguru e estampa frontal e traseira, que combina conforto e estilo clássico do surf.

Se você também carrega essa paixão pelas ondas, conheça mais sobre a coleção de roupas da Hang Loose e leve com você o estilo que traduz a verdadeira essência do surf.